Como evitar erros na análise de materialidade
Conheça os erros que você pode evitar na análise de materialidade
Por Ambitus em 23/06/2025
A materialidade busca auxiliar as empresas na divulgação de informações e no controle das tomadas de decisões. É uma ferramenta essencial para empreendedores que buscam estar alinhados com as normas e tem um compromisso com os seus stakeholders.
Além disso, a fim de evitar possíveis prejuízos financeiros, de reputação ou regulatórios, a análise de materialidade permite auxiliar na previsibilidade do negócio, e traçar metas significativas e que sejam funcionais para a empresa.
Materialidade e GRI
A análise de materialidade, é um tema abordado pela Global Reporting Initiative (GRI), com o objetivo de padronizar os relatórios de sustentabilidade e auxiliar as empresas a realizarem os seus. Essas metodologias de relato, ajudam as organizações a identificarem quais temas deveriam ser priorizados.
A GRI fornece um processo de quatro etapas para auxiliar as organizações a definir seus temas materiais:
Compreender o contexto da organização
Identificar impactos reais e potenciais
Avaliar a importância dos impactos
Priorizar os impactos mais significativos para o relato
Dessa forma, fica muito mais simples escolher os temas. No entanto, muitos erros ainda são cometidos no processo.
Principais erros na análise de materialidade
- Usar apenas benchmark e copiar temas de outras empresas:
Cada empresa tem uma realidade própria. Copiar a materialidade de concorrentes pode parecer eficiente, mas desconsidera o contexto específico da organização. Utilize benchmarks como referência inicial, mas realize consultas internas e externas para entender as particularidades do seu negócio, riscos e impactos reais.
- Confundir temas relevantes com temas materiais
Nem todo tema relevante para o mercado é automaticamente material para sua empresa. O material é o que influencia diretamente nas decisões de stakeholders e na performance de longo prazo. Avalie o impacto real de cada tema no negócio e a influência na tomada de decisão dos públicos estratégicos.
- Ignorar a participação de stakeholders
A materialidade precisa refletir as expectativas de clientes, investidores, fornecedores, comunidades e colaboradores. Estruture uma etapa formal de engajamento com stakeholders, por meio de entrevistas, workshops ou questionários. A diversidade de perspectivas enriquece a análise.
- Atualizar a materialidade com pouca frequência
O contexto muda: novas regulamentações surgem, crises climáticas se intensificam, expectativas sociais evoluem. Uma análise desatualizada pode direcionar mal as ações da empresa. Revisite os temas materiais periodicamente, sempre que houver mudanças estratégicas significativas.
- Fazer a análise apenas para "cumprir relatório"
Tratar a materialidade como uma exigência documental enfraquece seu poder estratégico. Integre os resultados da análise aos planos de ação da empresa, metas ESG e decisões de investimento.
Conclusão
Evitar esses erros é fundamental para transformar a análise de materialidade em uma ferramenta estratégica e não em uma obrigação burocrática. Empresas que levam esse processo a sério estão mais preparadas para os desafios da sustentabilidade.
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