Como a Geração Z está moldando o mercado

A Geração Z, nascida entre meados dos anos 1990 e início dos 2010, já é parte ativa do mercado consumidor e não está apenas comprando, está moldando o comportamento das marcas. Da mesma forma que consome, está sempre atenta às polêmicas que envolvem empresas e pronta para engajar, positiva ou negativamente, nas redes sociais. Mesmo que você não veja essa geração como seu público-alvo direto, são eles que estão comentando, cobrando e impulsionando discussões sobre sua marca online. Isso influencia a percepção de outros públicos e cria tendências de consumo. Nesse cenário, é preciso estar atento e saber como se transformar.

Mais que consumidores: fiscalizadores ativos

A Geração Z cresceu conectada. Com poucos cliques, transforma insatisfações em movimento coletivo. Reclama publicamente, viraliza erros de empresas e exige mudanças rápidas. Marcas que erram, apagam postagens ou ignoram feedbacks enfrentam reações imediatas, muitas vezes obrigadas a recuar de decisões.

O engajamento é real mas exige coerência

Para essa geração, comprar é um ato político. Sustentabilidade, diversidade e transparência não são bônus, são esperados. Não basta falar sobre ESG, é preciso provar. 

Cada vez mais, vemos empresas voltando atrás de lançamentos, campanhas ou posturas após a repercussão negativa nas redes. Não é sobre medo de cancelamento, é sobre reconhecimento da força desse novo consumidor, que exige posicionamento alinhado aos seus valores.

E a sustentabilidade nisso tudo?

O consumo consciente não é mais um nicho. É tendência de mercado, especialmente entre os mais jovens. A Geração Z valoriza marcas que têm propósito, que assumem responsabilidade ambiental e social, e que são transparentes sobre seus impactos. Empresas que ignoram esse movimento correm o risco de perder relevância ou pior, credibilidade.
Eles querem saber de onde vêm os materiais, como são tratados os funcionários, qual é o posicionamento público da marca diante de temas sociais e ambientais. E mais: acompanham de perto. O greenwashing não passa despercebido e costuma ser mais prejudicial do que o silêncio.

É comum ver, nos comentários de uma postagem de marca, pessoas compartilhando dados, links de reportagens, prints de atitudes incoerentes ou até trechos de relatórios para confrontar discursos inconsistentes. Essa geração lê, pesquisa e sabe como verificar o que é dito e não hesita em expor contradições.

Conclusão:

A Geração Z não quer apenas bons produtos. Quer marcas que representem um futuro no qual vale a pena acreditar. E está disposta a premiar ou punir quem entende ou ignora isso. Sustentabilidade, nesse contexto, não é diferencial, é pré-requisito. E no mundo hiperconectado, qualquer incoerência é rapidamente percebida, questionada e, muitas vezes, amplificada. As empresas que entenderem essa dinâmica sairão na frente não apenas em reputação, mas em relevância e longevidade de mercado.

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